Vendas do comércio encolhem 0,3% em julho, diz IBGE
Redação Portal Contábil SC

Paulo Fridman / Bloomberg
As vendas do varejo encolheram 0,3% em julho frente ao mês anterior, segundodados divulgados nesta terça-feira pelo IBGE. Já em relação a julho do ano passado, o volume de vendas do varejo recuou 5,3%, acumulando um tombo de 6,7% nos sete primeiros meses de 2016. O resultado acumulado em 12 meses mostra queda de 6,8% — pior resultado da série histórica, iniciada em 2001, nessa comparação. Para esses mesmos indicadores, a receita nominal de vendas prossegue sinalizando com variações positivas: 6,7% frente a julho de 2015, 4,9% para o acumulado no ano, e 3,7% no acumulado dos últimos 12 meses.
A expectativa da pesquisa da Reuters era de baixa de 0,10% na comparação mensal e de queda de 4,90% sobre um ano antes. O banco Bradesco espera leve alta de 0,2% ante junho e de recuo de 4,3% na comparação com julho do ano passado.
A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) indica também que a receita nominal avançou 0,7% na comparação com junho, registrando a quarta taxa positiva seguida. No ano, a receita crescei 4,9%, enquanto em 12 meses o avanço foi de 3,7%.
O volume de vendas comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, caiu 0,5% em relação a junho e registrou a quinta queda seguida neste tipo de análise. A receita nominal avançou 0,7% na mesma comparação, registrando a terceira alta seguida. Frente a julho de 2015, o volume de vendas caiu 10,2%. No ano, o tombo é de 9,4% e nos últimos 12 meses, a queda acumulada é de 10,3%.
De acordo com a pesquisa do IBGE, seis dos oito segmentos avaliados registraram queda. O segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou queda de 0,3%, mesmo resultado de combustíveis e lubrificantes. Juntas, as duas áreas respondem por cerca de 60% da taxa da PMC. Também caíram na passagem de junho para julho tecidos, vestuário e calçados (-5,8%); livros, jornais, revistas e papelaria (-1,2%); móveis e eletrodomésticos (-1,0%); e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,9%). Por outro lado, equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (5,9%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,7%) ficaram em terreno positivo.
Em relação a julho de 2015, todas as oito atividades pesquisadas pelo IBGE registraram queda. Os principais impactos sobre o resultado geral vieram de móveis e eletrodomésticos (-12,4%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-11,6%), seguidos por combustíveis e lubrificantes (-9,9%) e tecidos, vestuário e calçados (-14,2%). As menores influências negativas ficaram por conta de livros, jornais, revistas e papelaria (-18,6%); equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-12,9%); e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-3,2%). A atividade de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%) ficou praticamente estável.
VAREJO AMPLIADO
Já o varejo ampliado, que perdeu 0,5% na virada do semestre, foi influenciado pela queda de 2,5% em material de construção e de 0,3% em veículos e motos, partes e peças.
Na comparação com julho de 2015, a queda de 10,2% refletiu principalmente o desempenho de vendas de veículos, motos, partes e peças, que registrou um tombo de 20%. Esta atividade acumula perda de 14,7% em 2016 e de 17,7% nos últimos 12 meses. O segmento de material de construção perdeu 12,6% sobre julho de 2015. Em 2016 e nos últimos 12 meses, a queda acumulada é igual: de 12,9%. Segundo o IBGE, em ambos os segmentos, o resultado foi influenciado pelo menor ritmo da atividade econômica, pela menor oferta de crédito e pelo comprometimento da renda familiar.
VOLUME CAI EM 16 DE 27 UNIDADES DA FEDERAÇÃO
O levantamento do IBGE mostra que o volume de vendas recuou na passagem de junho para julho em 16 das 27 unidades da federação. As taxas variaram entre -3,5% no Mato Grosso e -0,1% em Minas Gerais. Em Sergipe, as vendas ficaram estáveis, enquanto Roraima (4,0%) e Amazonas (3,4%) registraram as principais altas.
Frente a julho do ano passado, a redução no volume de vendas afetou praticamente todas as 27 unidades da federação, com exceção de Roraima (3,2%). Os destaques ficaram com Amapá (-18,9%) e Pará (-15,5%). As principais pressões de baixa sobre o resultado geral vieram de São Paulo (-3%), Rio de Janeiro (-5%) e Bahia (-13,4%).
Já o varejo ampliado recuou em todos os locais pesquisados, com destaque para Amapá (-17,1%). São Paulo (-7,9%) e Rio de Janeiro (-13,0%), Rio Grande do Sul (-10,0%) e Minas Gerais (-7,9%) foram os principais responsáveis pelo fraco desempenho na comparação anual.
O Globo
O post Vendas do comércio encolhem 0,3% em julho, diz IBGE apareceu primeiro em Portal Contábil SC.
Powered by WPeMatico