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Santa Catarina precisa depender menos da indústria, diz economista

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Santa Catarina precisa depender menos da indústria, diz economista
Redação Portal Contábil SC

REDAÇÃO

Atualizar o currículo, imprimir e sair em busca de recolocação. Essa tem sido a rotina de milhares de catarinenses por conta da desaceleração econômica que fez com que inúmeros postos de trabalho fossem fechados ao longo de doze meses.

Levantamento do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) aponta que no Estado foram 658.045 admissões contra 695.575 desligamentos, resultando em 37.530 pessoas fora do mercado. Os dados abrangem de dezembro de 2015 a novembro de 2016.

Maior cidade de Santa Catarina, com 560 mil habitantes, Joinville também fechou 2016 com mais demissões que contratações. Foram 77.426 admissões contra 81.130 desligamentos, um saldo de 3.704 que perderam emprego formal.

Presidente da seccional norte da OESC (Ordem dos Economistas), André Gustavo Schneider, 32, afirma que para vencer o desemprego, fomentar novas oportunidades e driblar a crise, as cidades precisam reduzir a dependência da indústria.

“Joinville sentiu o impacto do desaquecimento. Em épocas como essa, a indústria tende a ser a primeira a demitir, pois precisa ajustar a folha e os custos operacionais à nova demanda, agora menor. Uma saída seria estimular a prestação de serviços, o empreendedorismo e a inovação”, afirma.

Assim como todo o país, Santa Catarina também sofre os efeitos da crise econômica apresentando baixo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), que de janeiro a setembro do ano passado caiu 4% em relação a igual período do ano anterior.

O PIB representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um período específico. O país produziu R$ 1,6 trilhão do primeiro ao terceiro trimestre de 2016. O resultado dos doze meses deve ser apresentado entre fevereiro e março.

2017 JÁ CHEGOU

A previsão para 2017 não é nada animadora. O ministério da Fazenda baixou a perspectiva de crescimento do PIB que seria de 1,7% para 1% este ano. Com a economia desaquecida, sofre o contratante e também o cidadão que busca recolocação.

Para o analista, esse modelo [prestação de serviços, empreendedorismo e inovação] faria com que os municípios focassem menos em produção e custos, e mirassem em desenvolvimento e geração de valor, pois tendem a ser produtos demandados em períodos de crise.

Como observador da conjuntura econômica, Schneider também não se opõe à flexibilização das leis trabalhistas. “No atual cenário, muitas empresas deixam de contratar ou optam pela informalidade devido ao excesso de regras e burocracias. Com isso, quem perde é o trabalhador”, argumenta.

Sócio da Legado Investimentos, ele diz acreditar que com essa flexibilização as empresas conseguiriam adequar mais facilmente seus custos à situação econômica sem necessidade de tantas demissões. “No caso da informalidade, penso que mais vale o trabalhador devidamente empregado e registrado com uma lei mais flexível do que no trabalho informal, sem nenhuma garantia ou benefício”, comenta.

De acordo com o economista, para esse ano não há perspectiva de grande crescimento. O que resta é uma esperança de melhora. “Isso gera um efeito muito interessante na economia, pois traz confiança aos investidores e aos empresários. Se estiverem seguros, tendem a apostar no Brasil em busca de ganhos financeiros”, diz.

Schneider frisa que esse capital (originário de investidores e empresários) é utilizado para alavancar a economia, gerar empregos e renda e, consequentemente, lucros às partes.

Quanto ao ano que se foi, houve fatores positivos: “maior engajamento das pessoas com política e economia, por exemplo. Cientes de seus direitos e cobrando o poder público, é possível conquistar melhorias em vários segmentos da sociedade. “Assim, fica mais fácil avançar socialmente no médio ou longo prazo”, ressalta. (oaj).

Operador de solda (internet)

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