Governo tem superávit primário de R$ 18,968 bi em janeiro, com queda nas despesas

Governo tem superávit primário de R$ 18,968 bi em janeiro, com queda nas despesas
Osni Alves Jr.

REDAÇÃO

O governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) registrou superávit primário de R$ 18,968 bilhões em janeiro, diante de queda nas despesas superior ao recuo observado nas receitas.

O resultado, divulgado pelo Tesouro Nacional ontem, 23, foi o terceiro melhor para janeiro na série histórica iniciada em 1997. Também veio bem acima da projeção de analistas de saldo positivo em R$ 7,90 bilhões, segundo levantamento da ‘Reuters’.

Em janeiro de 2016, a economia feita para pagamento da dívida pública havia sido de R$ 14,835 bilhões.

O saldo positivo no mês passado veio do superávit de R$ 32,340 bilhões do Tesouro e do Banco Central, parcialmente compensado pelo déficit primário de R$ 13,372 bilhões da Previdência.

De modo geral, as despesas mostraram contração real de 13,2% sobre janeiro de 2016, a R$ 99,812 bilhões, diretamente afetadas pelo recuo de 50,4% –equivalente a R$ 12,3 bilhões — nas despesas discricionárias, que incluem os gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Em meados do mês passado, o governo limitou, até março, em 3/18 as despesas discricionárias aprovadas na Lei Orçamentária Anual para 2017, iniciando o ano com aperto nas contas diante dos desafios fiscais que enfrenta com a economia em recessão. A meta de resultado primário deste ano é de déficit de R$ 139 bilhões para o governo central.

Ainda segundo o Tesouro, as despesas obrigatórias recuaram 23,2% na mesma base, com quedas expressivas em subsídios e subvenções (- R$ 3,2 bilhões), abono e seguro desemprego (- R$ 1,4 bilhão) e compensação ao RGPS por reversão parcial da desoneração (- R$ 1,1 bilhão).

As receitas do governo central também caíram em janeiro, mas em menor dose (7,7%) ante igual mês do ano passado, já descontada a inflação, a 137,363 bilhões de reais.

O recuo foi puxado principalmente pela robusta base de comparação com igual mês do ano passado, quando R$ 11,1 bilhões ingressaram nos cofres públicos pela concessão de usinas hidrelétricas. (Com agências).

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