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Esteja pronto para a cada dia começar uma carreira

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Esteja pronto para a cada dia começar uma carreira
Redação Portal Contábil SC

Nicolas Toth, diretor-geral da Healthways Brasil e América Latina

Nicolas Toth, diretor-geral da Healthways Brasil e América Latina

No mercado de trabalho desde os tempos da Escola Politécnica da USP, então como estagiário, Nicolas Toth Júnior traçou os rumos da sua vida profissional de modo a dar vazão ao que identifica como vocação generalista. Oficialmente, a carreira começou na Hungria, em 1991, na Ciba-Geigy, que depois se fundiu à Sandoz para formar a Novartis. Ficou no grupo, onde chegou a ser general manager, até 1997. No ano seguinte, foi para a área de tecnologia em petróleo participando da CFT Tecnologies do Brasil como diretor de marketing, vendas e relações com o consumidor. Em 2002, se torna general manager da Viesanté do Brasil, que atua no mercado de saúde, na área de gestão em prevenção. Posteriormente, em 2005, uma nova mudança e se torna senior business development manager para a América Latina, mas baseado nos Estados Unidos, da suíça Hilti Latin America. Em 2008, assumiu o cargo atual, comandando da Healthways na América Latina. Fundada há 35 nos Estados Unidos, a empresa é líder mundial em gestão de programas de saúde e bem-estar, segundo Toth. Atende a cerca de 68 milhões de pessoas nos EUA, Brasil, França e Austrália. Tem cerca de 2,5 mil funcionários no mundo inteiro. No Brasil, onde tem joint venture com a Sulamérica Saúde, são 160 funcionários. A seguir, trechos da conversa.

Generalista
Sempre achei que era essencialmente um generalista, que gosta muito do aspecto negócio. Gosto muito de discutir estratégia, o por quê das coisas, entender as coisas de uma forma mais ampla. Então, quando decidi pela minha formação, o meu foco foi tentar fazer a melhor escola possível para uma pessoa que nunca identificou uma vocação específica, mas sim generalista. Essa foi a razão pela qual optei por fazer engenharia de produção na Poli. Achei que me daria os atributos necessários associados a uma visão mais geral de negócio, mas também me daria subsídio associado à engenharia. Achei que era a mais apropriada para fundamentar e iniciar minha carreira.

Estágios
Na universidade, fiz questão de fazer diferentes estágios, todos complementares. Fiz um ano em produção de fábrica, entendendo o que esse ambiente representava para o negócio. Depois, um ano em marketing, o que me deu uma visão totalmente diferente. O terceiro foi em controladoria. Fiz questão de ter a visão mais completa possível do que era o funcionamento de uma empresa.

No exterior
A minha graduação casa com mudanças no Leste Europeu. Eu sou filho de húngaros, sempre atuei na colônia húngara, tinha muitos contatos e aprendi a língua e a cultura. No começo de 1991 fui para a Hungria. Durante um período, eu fiz de tudo, fiz tradução, fiquei perambulando, buscando oportunidades, até que acabei encontrando a farmacêutica Ciba Geigy, que iniciava sua operação no país. Peguei o começo de uma grande farmacêutica entrando em um novo mercado.

Gerente e diretor
Na época, eu tinha 24 anos, e comecei como controller da área financeira. Fui o controller mais jovem de toda a estrutura da Ciba Geigy, que na época tinha 100 mil funcionários. No ano posterior, a empresa cresceu e eu tive a oportunidade de assumir a diretoria de Planejamento, Formação e Controle. Em 94, assumi a divisão Ciba Vision, que atuava com lentes de contato, soluções para lente e medicamentos oftalmológicos. Essa divisão era uma das três maiores no mercado e eu a implementei na Hungria. Depois fui convidado a voltar para o Brasil para implantar essa divisão aqui.

Desenvolvimento
Se fundamentou em mim que você pode sim fazer o desenvolvimento de pessoas, dando oportunidades para que elas possam ter certa autonomia e que possam ser gestores de seus próprios desafios. Que elas entendam a empresa como a soma de diversos pequenos empreendimentos que se somam lá na frente para gerar um resultado comum. Essa é uma visão que eu levo comigo.

Nova carreira
Eu entendo que o profissional precisa estar preparado para a cada dia começar uma nova carreira. A cada dia você adiciona uma nova experiência, um novo desafio, algo novo para aprender, novos erros para serem cometidos, novos compromissos, novos objetivos e assim por diante.

Experiência diária
Acho que uma das coisas mais importantes na minha trajetória é que, com a visão dos primeiros anos, eu passei a entender que o importante, que aquilo que adiciona, aquilo que faz você feliz, que faz você ser um profissional mais competente e mais completo é você curtir e aprender com cada dia da sua experiência.

Objetivos e frustração
É importante buscar aqueles projetos que fazem mais sentido dentro do seu momento, porque não adianta ter objetivos do tipo daqui a dez anos serei presidente de x empresa. O problema desses objetivos é que você passa a colocar no futuro a sua felicidade, a sua realização profissional. E muita gente acaba frustrada, porque poucos são os que conseguem fazer desses objetivos uma realidade. Mas há uma massa muito grande de profissionais que tem esse conceito de que a felicidade é agora, a realização profissional é agora, não precisa ser daqui a cinco ou dez anos, quando for gerente, diretor ou presidente.

Mantras
Eu tenho alguns mantras. Sabemos que na vida de qualquer que queira evoluir na carreira são muitos os momentos difíceis, em que você olha e diz: ‘Meu Deus, e agora, o que eu faço?’. Um desses mantras que eu sempre levo comigo é ‘se fosse fácil , qualquer um faria’. Ou seja, temos dificuldades para serem enfrentadas e quem faz a diferença são as pessoas que enfrentam as dificuldades. Não é fácil, então vamos arregaçar as mangas e ver o que vamos fazer para poder resolver. O segundo mantra, é ‘nada o que fazemos hoje precisa ser do jeito que é’. Com isso eu quero dizer que tudo é questionável, temos de questionar tudo o que fazemos a cada dia, a cada hora, a cada momento. O gestor, o executivo, o líder, tem a responsabilidade de questionar tudo o que é feito e ter a capacidade de olhar para o negócio como um todo e fazer uma avaliação muito ampla do que o negócio precisa. O terceiro mantra é ‘o importante é a jornada, não o ponto final’. Esse também é um desafio de gestor, de aproveitar cada momento, porque é o momento que faz a nossa história. E para a empresa é importante buscarmos a melhor forma de chegarmos ao objetivo.

Estadão 

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