EXCLUSIVO | Taxa de juros deve cair para 9,75% e já anima o mercado. Investimentos retornarão, diz economista

EXCLUSIVO | Taxa de juros deve cair para 9,75% e já anima o mercado. Investimentos retornarão, diz economista
Redação Portal Contábil SC

DA REDAÇÃO

A taxa básica de juros (Selic) deve baixar de 13% ao ano para 9,75% até o fim de 2017, segundo projeções do mercado financeiro divulgadas via boletim Focus do BC (Banco Central).

Professor titular da Univille, o economista Horst Schroeder afirma “ser excelente”, pois indica o “retorno dos investimentos” a partir do segundo semestre. Um dos reflexos positivos seria o crescimento do mercado como um todo, incluindo o de trabalho.

“Atualmente, de cada três desempregados na América Latina, um é brasileiro. São 12 milhões sem emprego e renda, hoje. Isso tem implicações sociais, pois, sem trabalho aumenta a criminalidade”, disse.

Apesar da perspectiva, levantamento da OIT (Organização Internacional do Trabalho) estima que o desemprego no Brasil alcance 13 milhões de pessoas este ano. Para Horts, a notícia é alentadora, pois projeção anterior dava conta de 14 milhões em 2017.

A decisão de reduzir a taxa básica de juros ocorreu depois que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou 2016 em 6,29%. O patamar está abaixo do teto da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5% com dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.

MUNDO DE INSTABILIDADE

Schroeder considera que o Brasil está “numa encruzilhada”, pois precisa urgentemente efetuar a reforma da previdência, bem como a trabalhista. Para piorar, haverá muita instabilidade no mundo. Ele cita Donald Trump, novo presidente norte-americano, como sendo uma incógnita. “Ninguém sabe o que ele fará com a economia mundial”.

O economista diz acreditar que Trump poderá ir contra a globalização, apesar dos acordos internacionais de livre comércio. Ele também cita a possibilidade de derrota da chanceler alemã Angela Merkel que tenta o quarto mandato. “Medidas populistas e a aceitação de um volume expressivo de refugiados pesarão contra ela na eleição de março”, disse.

Custo do dinheiro ficará mais acessível

Para Schroeder, o avanço da Direita, ou seja, de políticos excessivamente conservadores, coloca em xeque o futuro do ocidente, a exemplo do Brexit (a saída do Reino Unido da União Europeia). (OAJ).

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